quinta-feira, 11 de julho de 2013

Ainda era Outono...

 Ainda era Outono...

Na Natureza,
algumas árvores se desnudavam,
algumas simplesmente envelheciam,
outras ficavam ainda mais bonitas,
ainda outras permaneciam em silêncio
como se estivessem gestando
em segredo
o que viria num próximo futuro...




Como na Natureza,
alguns de nós
simplesmente envelhecemos,
alguns serenos outros não,
alguns poucos se redescobrem
em seus melhores momentos,
outros escolhem um sonho
que os agasalhará no inverno,
ainda outros constroem, em segredo,
projetos daquilo que ainda
querem realizar....

para todos o tempo passa
e as estações se sucedem
uma a uma, sem cessar.


Festas Juninas 2013


Meus caipirinhas prediletos...

Resolvi esticar o cabelo...rs...


- Tá bem, resolvi esticar o cabelo... Estou bonita?

domingo, 7 de julho de 2013

Acorda herói!

Acorda homem!
Acorda herói desnudado
para a principal batalha,
para salvar tua vida!
para salvar tua amada!
Mas não siga apenas por glória
que ela não te pede heroísmos,
siga por sonhos que serão
os que em leito macio
se transformarão,
para aqueles que se amam.
Acorda e fica alerta!
Pois o monstro que não tarda,
 aquele que espreita, ataca e mata,
não se deixa facilmente vencer.
Alimenta-se de tua presunção,
nutre-se de tua energia dispersa
mãe das tuas ilusões,
e quando menos esperas,
queimar-te-á vivo e em sombra
apenas te transformará.
Deixa tuas armas e armadura,
de outros não cometas o mesmo erro,
desnuda-te, vai de peito aberto,
mostra o que tens no coração!
E então, acordarás pela manhã,
saciado, em serena mansidão
como aquele que tem em seus braços
descansando, o corpo da mulher amada,
e terás vencido todas as batalhas,
e  terás conquistado a ambas,
a ela, que em teu braço dorme,
como a tua vida que a ti então,
para sempre pertencerá.

poema: Vera Alvarenga
foto retirada do Google imagens


quinta-feira, 20 de junho de 2013

Olha o trem! olha o trem...


- Olha o trem!
olha o trem...olha o trem...
- Na estação!
na estação...na estação...
- Vou embora!
vai embora?...vai embora?...
- Vem amor!
vem amor...por favor...
- Não vou não!
não vou não...não vou não...
- Dá tua mão!
dá tua mão...fica não...
- Ai que pena!
ai que pena...quanta pena...
- O que eu faço?
sem você... o que faço?
- Vou então!
vou então...vou então...
- Onde está?!
onde está... onde está...
- Já tô dentro!
já tá dentro?...já tá dentro?...
- Não te vejo!
ao meu lado...ao meu lado...
- Ai que pena!
ai que pena...ai que pena...
- Mesmo trem!
mesmo trem ...mesmo trem...
e entre nós...
tanto espaço...tanto espaço...
t a n t o   e  s  p  a  ç  o...   ...

Poesia : Vera Alvarenga
Foto retirada do Google imagens


Passaste pelo jardim e não me viste...

Por onde andastes,
que tantas ocupações
te roubaram o tempo
em que passastes por mim
tantas vezes, sem ao menos,
olhar no fundo dos meus olhos?
E agora, o que faço,
de tanto amor que eu tinha
e se diluiu buscando teus passos
e penetrou na terra seca
e se escondeu até de mim?
E mesmo assim,
espalhado por todo chão
me afirma que ainda existe,
e me deixa neste conflito...
Será ainda o amor eterno,
que a tudo sobreviveu
e ainda guardo por ti,
ou um pobre desejo triste
que não encontra solução?

Poesia inspirada pelos versos de Mario Quintana :
" O que mata um jardim não é mesmo
alguma ausência
nem o abandono...
O que mata o jardim é esse olhar vazio
de quem por eles passa indiferente."

foto e poesia: Vera Alvarenga


quarta-feira, 19 de junho de 2013

Enquanto houver aquele sol...( em mim)

 
Por que o mau humor?
Por que tanta presunção!
Por que não comemorar coisas boas da vida?
E apenas ser simplesmente feliz?
Por que...POR QUE!!!???

"Quando parecer que não há saída,
qdo me parecer que não há mais solução
lembras sempre, mulher, como na canção,
que ainda há de haver esperança
em cada um de nós, algo de uma criança"
Enquanto houver sol em mim,
agora grito no espelho, assim:
- Quando não houver saída...
saia! acalme-se! vá tomar ar,
você vai ver, tudo vai passar!
Porque se você enganou a si mesma
quando haveria de ter esperança
em você, e se iludiu feito criança,
então é tarde pra mudar,
vá em frente, aguente...
Faça o melhor acontecer,
não se deixe destruir !
Levante a cabeça, esqueça,
porque se a torneira pinga e pinga,
e tinge a água com ferrugem,
e te assusta e você busca
o que não pode mais encontrar,
reconheça, é teu jeito errado
de encarar a vida e se enxergar...
Se a água então, não te mata a sede,
não se desespere! amorteça
ou saia e esqueça...dê um tempo,
não se deixe amedrontar,
não se deixe destruir porque
tudo, acredite, tudo vai passar...
Mas cuidado, não se espante,
se o seu coração de repente acordar,
e bater com mais força em outro lugar...
não se culpe nem se encante,
é só uma nova ilusão,
que também certamente vai passar,
por causa do teu velho jeito de acreditar
"que ainda há de haver esperança"....
Música que me inspirou: Titãs - Enquanto houver sol...
Texto: Vera Alvarenga.

Compartilhe com...