quarta-feira, 19 de junho de 2013

Enquanto houver aquele sol...( em mim)

 
Por que o mau humor?
Por que tanta presunção!
Por que não comemorar coisas boas da vida?
E apenas ser simplesmente feliz?
Por que...POR QUE!!!???

"Quando parecer que não há saída,
qdo me parecer que não há mais solução
lembras sempre, mulher, como na canção,
que ainda há de haver esperança
em cada um de nós, algo de uma criança"
Enquanto houver sol em mim,
agora grito no espelho, assim:
- Quando não houver saída...
saia! acalme-se! vá tomar ar,
você vai ver, tudo vai passar!
Porque se você enganou a si mesma
quando haveria de ter esperança
em você, e se iludiu feito criança,
então é tarde pra mudar,
vá em frente, aguente...
Faça o melhor acontecer,
não se deixe destruir !
Levante a cabeça, esqueça,
porque se a torneira pinga e pinga,
e tinge a água com ferrugem,
e te assusta e você busca
o que não pode mais encontrar,
reconheça, é teu jeito errado
de encarar a vida e se enxergar...
Se a água então, não te mata a sede,
não se desespere! amorteça
ou saia e esqueça...dê um tempo,
não se deixe amedrontar,
não se deixe destruir porque
tudo, acredite, tudo vai passar...
Mas cuidado, não se espante,
se o seu coração de repente acordar,
e bater com mais força em outro lugar...
não se culpe nem se encante,
é só uma nova ilusão,
que também certamente vai passar,
por causa do teu velho jeito de acreditar
"que ainda há de haver esperança"....
Música que me inspirou: Titãs - Enquanto houver sol...
Texto: Vera Alvarenga.

domingo, 16 de junho de 2013

O que é Felicidade pra você?

 
Quando ficamos mais velhos, felicidade ganha contornos bem simples.
  Pode ser apenas ter saúde e ver os que a gente ama, felizes, e nossos netos conversando e rindo para nós....
  
  Pode ser apenas pensar a cada dia: - " Amanhã, com sorte nos encontraremos no meio da ponte... e como os mais leais dos amigos talvez possamos chegar ao final do dia, sem nenhuma discussão, sem nada que agrida em nós o desejo de nos entregar em gestos de amar."

 Duas coisas me fazem serena e feliz: Uma, lembrar-me do tempo em que a inocência confundia as coisas e me fazia ver amor, onde, por vezes era apenas egoísmo e necessidade de poder. A outra é sonhar, e acreditar que é possível ser feliz quando a gente consegue amar sem mesmo pensar na retribuição...mas, hehehe...isto não é próprio do ser humano. O amor que sentimos vem de nossa fonte interior, sem dúvida, mas precisa, necessita mesmo ser realimentado, do contrário a fonte se esgota ou se esvai desensibilizando-se em triste abandono de si mesma. Talvez só a fé e a inocência sejam capazes de nos restituir alegria e serenidade. 

Texto e foto: Vera Alvarenga.
 

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Ode à Vida!


Brindo a ti!
Ó tu que és a única que tenho!
Agarro-te com minhas mãos
eu, que só a ti conheço,
embora minha alma queira lembrar
algo que envolto em brumas está
e que não consigo me recordar...
Em que tempo foi que o toquei?
Em que tempo me tocaste?
Neste mundo, com certeza não.
Seria um descontentamento divino
que me assombra, sem que eu saiba?
Como foi que conheci o que
em meu peito ficou gravado
como o ferro marca o gado,
como o fogo molda o signo
que designa o designado?
Onde foi que então vivi
algo de que tenho saudade
e não sei como encontrar
e está em mim, e não fora,
e me deixava calma e serena,
e mais feliz que agora?
Pois é este, que faz de ti,
a promessa que vale a pena,
pois que em ti sómente eu vivo
mas é com ele, e só por ele,
que te faço, em mim, plena...

Foto e versos: Vera Alvarenga

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Ah! o amor...

   
Plena de ti, aprendi a me superar,
por ti fui capaz de muito mais
do que sonhava imaginar.
Com tua presença a me preencher,
a me possuir, a me completar,
fui doce, forte e feroz,
fui senhora de mim
me entregando a ti,
fomos fortes, enquanto "nós".
Confesso minha fraqueza
e total dependência a
este sentimento maior,
que me ensinou a amar
de tantas outras maneiras.
Que me ensinou a querer
ser tantas vezes melhor.
Não tens apenas um nome,
rodopias em meu ser
em busca de um objeto
ao qual possa te entregar,
me deixas tonta de medo
se não posso te nomear.
Se não posso sentir-te,
perco o prumo e o rumo.
Ilusão, verdade ou algoz,
quero-te, ainda, dentro de mim.
E mesmo que o tempo passe,
que me faça envelhecer
pergunto-te, serei sempre assim?
Sem ti me sinto perdida,
de nada me vale a vida,
ah! sentimento...ah! o amor!

Foto e poesia: Vera Alvarenga.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

O peso da espada da Justiça...


Quando os Justos, por cobiça
medo ou desatenção,
fecham os olhos ou descuidam
do que lhes vem às mãos,
meu coração estremece,
ao ver pender a balança.
Quando a Justiça pisa em falso,
em seu desequilíbrio
deixa cair a espada
que corta-me a cabeça!
Minha alma dela não precisa,
mas eu, sinto-me perdida...
Roubarão de mim, as roupas
e tudo que me pertence
porque ela não viu o que estava à frente?
porque como ela, não posso ver?
Os presunçosos, os ébrios de poder,
zombarão de mim, por fim?
enquanto outros me violentarão
porque meu grito não mais se ouvirá?
Sem a cabeça, jamais entenderei,
simples que sou, porque ela se desviou...
não acompanharei mais seus passos,
já não me encontrarei em paz...
Nem ouvirei, se em segredo,
ela me confessar sua vergonha.
Sem esperança, estarei nas mãos
de quem desviou sua atenção!
Sem cabeça, não serei mais nada,
seguirei os passos da boiada
prisioneira de seu destino.
Só minha alma poderá clamar
para que tudo não tenha passado
apenas de um sonho mau,
que jamais volte a me assombrar!

Poesia : Vera Alvarenga Foto: retirada do Google

quinta-feira, 30 de maio de 2013

De que sou feita, afinal?!


De que sou feita, afinal?!
Devo ser tão tola,
que acredito em palavras
...e por elas espero ?!
Minha pele, por vezes, arrepia
ainda por baixo da armadura
que tentei forjar
da matéria mais dura.
Meu pensamento ainda procura...
o que?!? embora eu o tenha protegido
com sonhos de embalar,
que sendo só meus, eu sabia,
não espero mais realizar,
e por isto mesmo me protegiam...
Ah!Os sonhos nos querem resgatar,
de uma história que já foi escrita!
Me escondo numa solidão
que não me assusta, que reconheço,
me deixa confortável,
é quarto morno em que posso
quando preciso, me aconchegar.
É ali que descanso em sentimentos
que de novo me tocaram,
quando um dia acordei e
ousei outro sonho, sonhar...
Conscientemente eu o nego!
Não me nutre, não satisfaz...
nem me consome mais!
Assim decido, determinada!
Por que a ele retorno,
se ora nele me entristeço
por notar seu efeito em mim?
Ora,porque nele me encontro em paz.
Se nele sou livre, ah! incoerência...
por que nele ainda me prendo?
De que sou feita, afinal?!
De que é feito um sonho,
que se quer tão distante,
que não vive, não morre,
e de tão simples,
nem se pode alcançar?
Talvez o sonho viva, enfim,
de seu poder sobre mim...
Pego então minha espada,
eu o quero matar.
......... Espera, não posso!
Claro que não!
Pois de muitos modos, o amo.
Eu o teci com o melhor que eu tinha,
e o melhor que dele senti.
Não morra! Não sofra!
...E eu? a mim bastaria saber
que vive e pulsa, que distante respira
e então, eu o podia transformar,
talvez um dia, na realidade que posso aceitar.

Poema: Vera Alvarenga Foto: Google imagens.



terça-feira, 21 de maio de 2013

No alto coração...

Queria tanto que minhas palavras
ainda chegassem até você,
amigo que um dia tive,
como um sussurro, ou brisa,
ou um beijo na face,
como um carinho que aquece,
ou leal sentimento que persiste
porque não tem onde ancorar
em outro lugar
que não no alto do coração.

Foto e poema: Vera Alvarenga

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