sexta-feira, 16 de julho de 2010

- "Insensato Sentimento..."

Vou confessar, ainda dói.



Não tem jeito, me corrói
a  saudade, sentimento
que aperta no peito, meu
tímido e insensato coração.
     Tento, compreender, refletir,
     trabalhar, distrair o meu dia
     para esta ausência não sentir.
     Me rendo! Me encolho em volta de mim.
     A razão não entende tal ironia :
É tão doce e tão meigo,
este solitário sentimento,
que se faz triste. Apenas existe!
Pertence só a mim, como um lamento,
que não pode ser  compartilhado.
     é o mesmo dos românticos,
     do não correspondido,
     da saudade, não duvido,
     daquilo que nem é meu,
     milagre, apenas em mim, contido.
É sentir-se uma criança
sem poder rir-se de contente,
porque amor, não se pede,
só se sente! E míngua quando
não se vê no outro, refletido.
     Há que se aquietar a chama
     do louco, que não pode iluminar a dois,
     e então o transformar apenas em carinho
     mesmo que só me reste a sensação
     de eu ter morrido um pouco, no caminho
texto : Vera  Alvarenga
foto retirada da internet - creditada a Niko Guido

terça-feira, 13 de julho de 2010

" - Você venderia sua imagem para mim?..."

"- O que faria vocês venderem sua imagem?
A resposta mais criativa ganhará o livro." Para que vocês conheçam o escritor maravilhoso que é Assis Brasil e ganhar seu livro:O Menino que vendeu sua imagem, basta responderem... 
Foi este o convite que Lília Amorim fez em seu blog.
Gostei tanto do título que inventei uma historinha. E foi com ela que GANHEI O LIVRO! fiquei muito feliz! Aqui vai ela :
"Uma vez, há mais ou menos 18 anos atrás, eu estava na biblioteca,pesquisando fotos de máscaras e de repente, um homem jovem que estava ao meu lado,na mesa,olhando para as fotos,me perguntou:
 -
Você venderia sua imagem pra mim ? Não esta que tem agora, mas a que você terá daqui a 18 anos.
Levando na brincadeira,e admirando a beleza do rosto daquele rapaz, lhe perguntei se ele iria querer só a imagem, ou se eu também esqueceria todas as minhas lembranças.
-
Eu ia querer somente sua imagem. Como nestas máscaras que você pesquisa...somente sua aparência. Tudo o mais continuaria sendo seu!
-
Ah,e o pagamento, o que seria? perguntei.E ele, com um sorriso sedutor,respondeu:
-
Eu lhe daria em troca, o mesmo rosto que tem neste momento, a mesma imagem.
Eu era 18 anos mais jovem e menos experiente do que sou agora e lhe respondi com tanta firmeza, que ele nem ao menos tentou me convencer, e sorrindo brincou comigo, dizendo que ele bem que tentara me dar uma chance!
Levantei os olhos para responder algo, mas ele simplesmente havia desaparecido! 
   Desde então, vivo de biblioteca em biblioteca, procurando aquele jovem, com olhar angelical,com quem deixei de fazer um ótimo negócio!! rsrs....." 

texto : Vera Alvarenga
foto : Máscaras em quadro - Escultura de Vera Alvarenga

segunda-feira, 21 de junho de 2010

- " Nunca é demais insistir em lhe dizer..."



Nunca é demais insistir em dizer que o amor vale a pena! Que viver amargurado ou sozinho é muito triste e solitário... a solidão é algo para se curtir, só pelo espaço de tempo que a gente precisa, para abraçar a si mesmo, ou refletir sôbre a nossa vida... Depois, tudo o mais, é muito melhor,quando feito a dois, por dois que queiram fazê-lo, é claro!
Será que foi tão difícil entender? Que eu só queria dizer: " VEM ANDAR COMIGO!"
Não quero mais caminhar sòzinha. Me dá não apenas a tua mão, mas o teu mais lindo sorriso! Preciso tanto dele, dirigido a mim, como o ar que respiro!

Texto: Vera Alvarenga
vídeo do youtube.
música : Jota Quest - "Vem andar Comigo!"

sábado, 19 de junho de 2010

- " Um estranho animal! "...


Hoje pegamos a estradinha que leva à represa de Votorantim, perto daqui.Eu queria conhecer e sugeri este rápido passeio ao meu marido. No caminho tirei uma foto de uma árvore, daquelas lindas que ficam sem folhas no inverno, com seus galhos retorcidos e nos inspiram a imaginar animais desenhados ali. E, por causa desta visão, vocês vão ver na foto que parece haver um grande gato feito ali com os galhos... eu me perguntei: - " Como qual animal eu me sentiria hoje? qual deles mais poderia me descrever?"
Mais uma vez, minha resposta não pode convergir para um só!
     E me senti assim, como um filhote de urso,que adora brincar e receber um abraço aconchegante e macio. Já tive meu tempo de leoa, para defender meus filhotes e brincar com eles e adorava sentir-me como uma gata,ronronando nas pernas do meu dono. Hoje, a maior parte de mim se sente como um cachorro fiel, porém meio deixado de lado e assim, fica lá no portão, abanando o rabinho para os que passam e dão carinho. Mas ele permanece ali, no portão... Entretanto, no peito deste canino, há um pássaro, feliz, capaz de vôos curtos e que se alimenta, sem culpa nem preconceito nenhum, das migalhas que encontra, pois é disto que os alegres pássaros se alimentam, não é? Minha mente sim, é inquieta, tem asas de um animal estranho que não sei nomear. Ela é a parte de mim, mais livre e realiza vôos altos, porque é levada por meu espírito,  ao mesmo tempo que pode se colocar ao lado de qualquer animal na terra, e sentir-se igual. Contudo, de tão livre, ela é a mais prisioneira, pois não se conforma, por saber tão pouco e ter tão poucas certezas sôbre si mesma e sôbre a vida. Ela se deslumbra, com a mesma facilidade que se assusta. E fica perplexa com o tanto que ainda ignora, de tudo o que poderia saber!
Mas eu trocaria todo o conhecimento do mundo, se apenas uma coisa pudesse voltar a sentir e realmente reconhecer... o Amor, em toda a sua força e esplendor!Aquele que comemora a Vida que ainda se tem pra viver!
texto: Vera Alvarenga
foto: Vera Alvarenga

quarta-feira, 16 de junho de 2010

- "Futuros Amantes..."

Maria Marçal, minha amiga, escreveu uma bela crônica sôbre os 90 minutos de um jogo de futebol e os relacionou com as chances que a gente deixa passar na vida,ou nos relacionamentos... e às vezes o tempo passa eternamente...
Em alguns casos, concordo com ela quando sugere que, é melhor a gente resolver as coisas num limite de tempo,como num jogo...ou ficaremos sempre adiando...
 Mas há momentos em que aquela alegria que temos para viver, fica ali, apenas em potencial em nós, ultrapassa os 90 min.,e nos acompanha como um sorriso que ali temos escondido no mais profundo da nossa alma e talvez, faça parte do imaginário e da energia que impulsiona o coletivo em busca do amor... É difícil conseguir realizá-lo completamente, principalmente quando é aquele primeiro em que a gente se deixou levar, e com ele aprendeu tanta coisa, e de tanto aprender quem sabe esquecemos como é amar! Felizes os que conseguem realizá-lo completamente por ser correspondido, como Chico diz aqui em sua música, em todo o seu potencial, nos minutos que tem o jogo da vida para jogar...
Felizes os que conseguem uma nova chance de realizá-lo de uma forma mais leve e se deixam fluir com ele, inteiramente, e tudo parece se encaixar...  Do contrário, o amor ou parte dele,ficará submerso...pra sempre... até que um menos tolo, num mergulho profundo no mais íntimo de sua humanidade, o venha resgatar...
Muito bonita esta música!

texto: Vera Alvarenga
música: Chico Buarque - do youtube

domingo, 13 de junho de 2010

- " Adoro meus Domingos na Praça!"

Adoro meus domingos!
Acordo na hora mais apropriada, isto é, aquela que meu corpo pede para levantar! Que delícia!
Logo depois do café da manhã, me arrumo e ao olhar no relógio...Puxa, que bom, já são quase onze horas, e isto é o melhor momento para irmos para a Praça, pertinho de casa, em Sorocaba.
   E lá, ouço música...sempre um show de qualidade, gratuito, que assisto sentada à sombra das árvores... onde vejo crianças e pessoas convivendo, calmas, passeando, caminhando, lendo e descansando nas redes que a prefeitura da cidade lá coloca, para serem utilizadas. É uma delícia!
Vejam só esta árvore! Sissym vai gostar muito...não parece mesmo saída de uma das nossas histórias encantadas?

Quando vocês quiserem, venham comigo!
Podemos nos encontrar na Praça, ouvir música, caminhar ao sol e depois almoçar ali na esquina, numa lanchonete legal ou em qualquer outro local, dali bem perto! Depois... podemos ir tomar um cafezinho lá no meu jardim... e depois,é cada um ir pra sua casa, fazer preguiça de Domingo, porque 2ª feira já vai chegar!
   O importante é que o domingo vai ser bem gostoso e poderemos conversar muito.

Texto: Vera Alvarenga
Fotos: Vera Alvarenga

- " Surpresa, neste Domingo na Praça !..."

Mais um domingo que convido meu marido para irmos à praça, em Sorocaba, pertinho de casa,onde a prefeitura tem seu programa de Cultura :" Domingo na Praça".
A música era por conta da Banda Abandonada, com instrumentos de corda,sopro e percussão, tocando jazz e outras. Que bárbaro!
Além disto, tem o carrinho de livros : Projeto "Vai e Vem". Fui lá buscar um, procurando encontrar poemas, para ler enquanto ouvia as músicas e me aquecia ao sol. Então, como a vida é mesmo cheia de surpresa, me trouxe uma ! Vejam só!
Foi assim...estou lá procurando um livro, quando vejo um fininho e penso: -"Este deve ser apropriado para ler agora." Ao folhear o livro de contos... epa! que nome vejo aqui??
Ilka Brunhilde Laurito ! Meu Deus, ela mesma, sem tirar nem por! Minha professora de portugues da 3ª e 4ª série do ginásio! ela que foi uma das primeiras pessoas a me incentivar, com seus comentários em minhas redações! E outro dia mesmo, peguei uma única redação deste tempo que guardei...
   Que alegria! Naquele tempo, eu fazia amizade com meus professores e ela, deu-me de presente um livro seu. Será que ainda o tenho? Vou procurá-lo. Esta professora me disse que eu deveria escrever... Adorei seu conto que estava nesta antologia, neste "livrinho" delicioso que minha intuição me pediu para tirar do carrinho biblioteca. Lembrei-me com carinho dela e também de um médico, amigo meu, Dr. Zid de Albuquerque que me dizia: "Verinha, não fique à toa... ande à toa !" O mundo se mostra a nós, quando queremos vê-lo, não é?
   Maravilhoso este domingo! Aqui, compartilho com vocês algumas fotos desta agradável praça, onde passo algumas horas no domingo, antes do almoço. Venham comigo, qualquer domingo destes...que tal?









texto:Vera Alvarenga
Fotos : Vera Alvarenga

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