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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Amar?


Amar?
Agora sei, é para aqueles que são fortes, tem o coração resistente e .... fé.
E acima de tudo e mesmo assim, são capazes de tocar o outro com delicadeza.

foto/texto = vera alvarenga

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Quando eles se tocavam...

Ele não a tocava mais. Não por culpa dela, ou por um motivo que ela tivesse lhe dado, se é que ser apaixonada poderia ter sido considerado um motivo, não teria lhe dado outro...
Não havia um motivo, além daquele que a vida e o tempo traz enredado na própria trama, além talvez de um segundo que fizera a diferença, que impedira o encontro verdadeiro... e agora, o sol não a iluminava mais, com seus raios dourados,como antes.
Ela seguia, mesmo assim.
Seguia, mas sentia saudades, dele, do sentimento, da alegria, da sensação de estar acima de todo o mal quando ele a vinha tocar com um gesto,com uma palavra, da certeza de estar além de qualquer erro. Ela seguia, novamente mais humana e fraca do que nunca, embora a quietude interior tivesse uma força incompreensível.
Tinha quase certeza de que agora, de um momento para o outro acordaria numa determinada manhã, com os cabelos totalmente grisalhos, envelhecida, como se o tempo todo chegasse durante uma única noite em que os seus anjos não ficassem de vigília e tivessem adormecido no colo dela, cansados como ela. Ela sabia que agora, tinha finalmente ficado velha. Não havia mais motivo para o desejo lembrar-lhe o frescor da juventude. Seu espírito aceitava o inevitável com a tranquilidade dos que se tornam sábios. Não existiam mais sonhos, e desejos melhor não tê-los! Apenas viver...embora viver não fosse menos importante, amar trazia em si a experiência da eternidade e dava um sentido mais pleno ao viver.
Apesar disto, não compreendia como seu coração ainda pulsava e batia em descompasso quando, ainda que sem nenhuma palavra vinda dele, um pequeno sinal mostrava que ele, mesmo distante onde estava, tinha naquele dia olhado pra ela. Por aquele sinal ela sabia que ele tinha estado com ela, por alguns segundos e isto bastava para fazê-la sorrir. O sorriso lhe vinha aos lábios ainda que o olhar continuasse com a tristeza dos que se deparam com o irremediável. A esperança inocente havia se perdido, talvez para sempre.
   Nossa! que pena me dá destas coisas que acontecem neste mundo tão real e cru, e onde nós complicamos ainda mais quando desperdiçamos o que é verdadeiro porque nos parece tão frágil e sem propósito. Porque somos incrédulos demais para o que é puro, nos tornamos cínicos, mentirosos ou anestesiados. Sentimentos presos em armaduras, em nome da sobrevivência somos por vezes, inconsequentes, inconsistentes, humanos demais diante de lampejos de sentimentos que lembram o que é divino! E embora desejássemos mais do divino em nossa vida, nos parece que agir ao contrário, ou é loucura ou ingenuidade demais! Será louca, ou doente? tão carente, a sensível, que tão pouco lhe baste?
   Talvez não seja o que lhe baste, mas apenas o delicado momento em que nada se pode explicar, nada é possível querer do que não se pode alcançar, nada além de presenciar um exato momento qualquer em que um milagre acontece, porque duas almas se permitiram tocar.

Texto e foto: Vera Alvarenga


quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

" Ausência..."

Se eu não posso te tocar,
se não posso tentar adivinhar
a tua voz e o tom, no que escrevias,
nem nos conselhos,nem nas palavras
carinhosas,firmes ou reveladoras
dos sentimentos que compartilhavas...
O que é feito de ti, agora?
Onde te levou a vida ou a morte?
Que distância nos separa?
Como posso estar contigo,
que não no sonho, que é frio?
De que modo te saber?
De que maneira  te sentir
apesar do espaço vazio?
Como apagar tua marca
ainda real e viva, do coração?
Preciso tanto do real...
pois é deste que me faço.
Como despedir-me do que era bom?
O que me faria esquecer o bem
que tua presença causava?
Como preencher a ausência
de tudo, que ainda parecia ser
um futuro,  a desvendar?
Como ouvir-te assim, mudo?
Seria como querer apagar o sol,
que teima em minha janela vir brilhar.

Poema e Foto : Vera Alvarenga







terça-feira, 19 de outubro de 2010

" Que doçura é esta na tua lágrima?"

Quem disse que toda lágrima é salgada?
Esta minha orquídea está na mesa da copa. Há 2 semanas que todos os dias, ao tomar café e à noite, no lanche, eu sinto o cheirinho de mel com limão que ela exala.
Outro dia percebi que no galho das flores que caíram e também neste, das flores novas, havia pinguinhos de água... pequenas lágrimas...
E, curiosa, fui tocar ( adoro tocar as coisas para conhecê-las melhor). Tem uma consistência de mel.
Então experimentei...são doces! Incrível!
Delicadas lágrimas doces, como o mel...talvez como
aquelas que caem dos nossos olhos quando a gente se emociona por uma coisa boa, por palavras ditas para nós, com carinho, no momento oportuno. Eu as conheço (agora também as da orquídea) ! tomara que este doce não seja também um veneno!! rsrs.................... E você, as conhece?
Texto: Vera Alvarenga
Foto : Vera Alvarenga

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