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sábado, 19 de junho de 2010

- " Um estranho animal! "...


Hoje pegamos a estradinha que leva à represa de Votorantim, perto daqui.Eu queria conhecer e sugeri este rápido passeio ao meu marido. No caminho tirei uma foto de uma árvore, daquelas lindas que ficam sem folhas no inverno, com seus galhos retorcidos e nos inspiram a imaginar animais desenhados ali. E, por causa desta visão, vocês vão ver na foto que parece haver um grande gato feito ali com os galhos... eu me perguntei: - " Como qual animal eu me sentiria hoje? qual deles mais poderia me descrever?"
Mais uma vez, minha resposta não pode convergir para um só!
     E me senti assim, como um filhote de urso,que adora brincar e receber um abraço aconchegante e macio. Já tive meu tempo de leoa, para defender meus filhotes e brincar com eles e adorava sentir-me como uma gata,ronronando nas pernas do meu dono. Hoje, a maior parte de mim se sente como um cachorro fiel, porém meio deixado de lado e assim, fica lá no portão, abanando o rabinho para os que passam e dão carinho. Mas ele permanece ali, no portão... Entretanto, no peito deste canino, há um pássaro, feliz, capaz de vôos curtos e que se alimenta, sem culpa nem preconceito nenhum, das migalhas que encontra, pois é disto que os alegres pássaros se alimentam, não é? Minha mente sim, é inquieta, tem asas de um animal estranho que não sei nomear. Ela é a parte de mim, mais livre e realiza vôos altos, porque é levada por meu espírito,  ao mesmo tempo que pode se colocar ao lado de qualquer animal na terra, e sentir-se igual. Contudo, de tão livre, ela é a mais prisioneira, pois não se conforma, por saber tão pouco e ter tão poucas certezas sôbre si mesma e sôbre a vida. Ela se deslumbra, com a mesma facilidade que se assusta. E fica perplexa com o tanto que ainda ignora, de tudo o que poderia saber!
Mas eu trocaria todo o conhecimento do mundo, se apenas uma coisa pudesse voltar a sentir e realmente reconhecer... o Amor, em toda a sua força e esplendor!Aquele que comemora a Vida que ainda se tem pra viver!
texto: Vera Alvarenga
foto: Vera Alvarenga

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