quarta-feira, 20 de abril de 2011

Desconfio, que amo este homem...

Desconfiou que amava aquele homem,
mesmo sem conhecer tudo o que era,
sem compartilhar toda sua história,
nem dividir com ele a memória
de tudo o que, cada um, já viveu.
Tão frágeis somos todos nós,
imperfeitos,solitários,ansiosos
em busca do próprio eu,
do próprio amor idealizado,
quanto mais nos sentimos sós!
E ela, ainda buscava encontrar
- o eu no outro- um sinal, um reflexo
de sua crença, do singelo desejo
do melhor de si, ainda poder resgatar.
Sabia que o sonho era maior
do que jamais poderia alcançar.
Melhor seria tratar de esquecer,
pois na vida, um dia,tudo passa.
Por isto, impotente confessou:
Desconfio que amo este homem
que já não sai do meu peito
onde o coloquei desde que, sem jeito,
mostrou-me pequenos segredos de si,
e porque me fez de novo sonhar,
sorrir, novamente crer...voar!
Só por isto, docemente, eu o amo,sim!
Porque me basta nele reconhecer
um fragmento do sonho que era meu.
Porque me basta desejar em seus braços,
finalmente viver a paz que de tão minha,
hoje, ainda se esconde em mim.

Foto e poema: Vera Alvarenga

terça-feira, 19 de abril de 2011

Gaivotas, em Sorocaba??

  - Pai, pai, que que é isso? Vem vê,paiêee!
Reconheci a voz dos meninos da vizinha.
- Cuidado filho! Vem pra dentro!
- Que é isso, gente?!!
E lá fui eu ver a barulhada lá fora, em frente a minha casa. Logo cedo o que seria? Aqui costuma ser tranquilo pela manhã.
Ao me aproximar da porta, ouvi um barulho engraçado, conhecido,quase reconheci, mas parecia impossível! 
Abri as cortinas, então as vi! lá estavam elas em bando, em frente a nossa casa, atraídas pelas frutas colocadas aqui no nosso terraço? Será?!
E o povo olhando lá fora, de boca aberta!
- Dona de onde vieram? Nossa!
 Abri o ziper*, digo, a porta. Elas faziam aquele barulho característico, vocês sabem....  
Então compreendi... eram as gaivotas.
- Pronto pessoal, tá tudo bem. Foi a Pri minha nora, que mandou, lá de casa. São mansinhas,apesar do barulho.
E elas entraram todas no meu escritório.
- Só vieram pra matar as saudades.
kkk........ e eu pensei cá com meus botões:
- Quero só ver quando a Priscila mandar as fotos daquela baita lua, linda, com lágrimas de amor, saindo do leito de seu namorado, saindo de dentro do mar...
Quero ver só quando meu filho( o Beto) mandar aquela família dos golfinhos...
Vai ser difícil explicar...
Texto:Vera Alvarenga      fotos: Pri e Beto
                                                                                  

domingo, 17 de abril de 2011

Chorinho na praça!


Aqui vai um pedacinho do show que assistimos na praça do Campolim hoje, em Sorocaba, organizado por Carlos Madia e sua equipe, num Projeto com o apoio da Secretaria de Cultura de Sorocaba chamado "Domingo no Parque". Vocês já sabem como sou fã deste projeto que leva cultura de graça ao povo, e que é tão bem organizado aqui.
O Grupo "Caco de Vidro"  é formado por professores do Conservatório de Tatuí. Por que não vem qualquer domingo assistir também? Podemos almoçar depois em um restaurante que almoçamos todos os dias, em Votorantim - já lhes contei que tenho os pés (e minha casa) em Votorantim e o coração em Sorocaba. Pois é! Também podemos comer uma bela taça de Açaí com frutas, geladinha, ali mesmo em frente à praça, mas então esqueçam do almoço!
Quando o grupo tocou "Carinhoso" na saideira, meu coração derreteu e eu esqueci de gravar!! Mas aqui vai "Rancho fundo " para vocês se deliciarem com este Grupo de músicos maravilhosos. Beijos e um bom início de semana. Beijos

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Na dança da vida...

Como pensas que podias perdê-la?
Sem jamais se terem encontrado?
Se ela não deitou em teu peito,
não te cobriu de carinhos e
não acordou em seu leito
com arrepios dos teus afagos...
Sentiste o conforto em seu regaço?
Sentiu-se ela, finalmente segura,
e docemente entregue no abraço
do teu corpo amoroso?
Ela te tomou em seu colo
para consolar teu desgosto?
Molhou tua face com a lágrima
que por ti, rolava de seu rosto?
E o medo que morava nela,
se desfez em tua presença?
Sorriram tantas vezes juntos,
entre léguas de distância a separar
o que assim, fora apenas sonho,
que se desfez à beira do mar,
ou dissolveu-se no espaço...
Ambos partiram, um do outro,
pela ausência dos sons e tons
que na dança da vida
costuma unir, diferentes passos...

Foto e poema : Vera Alvarenga 

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Asas para sonhar...

 Escuta, ouve o que te digo:
é loucura querer esquecer!
Do sonho vem nossa força,
esperança de outro amanhecer.
O que seria de tua vida, amigo,
se por tuas asas escondidas
não pudesses mais elevar-te?
Quem lamberia tuas feridas?
Quem, a não ser tu mesmo
caminharia na estrada contigo?
Quem viria de um sonho
para amar-te, te fazer feliz?
É também de sonhos que a
realidade cria sua trama.
Como alçarias teus leves vôos
pelos confins ilimitados, veloz
como os que não tem pecado?
Mantém junto a ti os sonhos,
no peito como precioso amuleto,
ou como a uma companheira leal
e em segredo, entrega-te a eles.
Nada seria para ti, mais real.
Sonha,meu querido, confia e
deseja. Jamais te sintas derrotado!
E, se ainda assim, não te convenci,
lembra de mim e vais compreender,
que não vale a pena, a vida viver,
sem o mel, do sonho do amor sonhado!

foto e poema: Vera Alvarenga

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