quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Aquela...sim, sou eu!

Quem é você?
que agora me fita,
aflita,
me estranha
e grita:
- "Você, não sou eu!"
Quem serão os que ferem,
sem refletir, porque querem
te encontrar sempre a mesma?
Não sabem que é morto
o tempo que passou?
Que a canção é da alma,
mas a dança é do corpo?
Eles podem ignorar,
mas você, jamais duvidar
de tudo que eu trago em mim,
de tudo o que eu vi,
das marcas que ganhei,
do tempo que se foi,
da vida que vivi!
Somos a mesma, sim!
Levanta a cabeça,
te orgulha de mim!
Sou tuas dores,teus amores,
tuas glórias, vitórias,
teus sorrisos e caprichos...
de tua canção sou o cantor,
o livro de teu escritor,
teus pés e tuas asas,
para seguir teus desejos.
Sou teu fiel companheiro,
ora metade, ora inteiro,
sou teu corpo que envelhece,
mas tua essência não esquece.
Somos um, e não seremos mais
a criança... que cresceu...
Somos tudo o que já fomos,
nos completamos, tu e eu.

Poesia e foto: Vera Alvarenga

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Minha adorável companheira!

 Cora nos acompanhou durante muitos anos (14) de nossa vida. Foi uma companheira e tanto!

 Fiz uma poesia em homenagem a ela , que fala do amor que estes nossos cãezinhos tem por nós.
 Estive procurando uma foto em que Cora era tão pequenina e brincava na orelha da nossa pastora alemã Ully. Não encontrei.
 
Aqui estão algumas fotos dela conosco, com meu neto Pedro e sua filha Luana, e com os seus 7 filhotes lindos!!


                                                                                
Esta, ao lado, é a foto do último dia de sua vida.
Ela adorava comer cenoura, mas não gostava da casca ( espertinha!).

" Cora, adorável Companheira"
Foram quatorze anos...
tua vida inteira,
de amor e cumplicidade,
sem enganos,
só alegrias, felicidade.
Não posso jamais esquecer
sua amizade,proteção,
carinhos a oferecer,
brotados do coração.
De todos eu poderia esconder
emoção de tristeza, desalento,
não de teu olhar atento!
Fomos companheiras
e em tantos momentos
caminhamos juntas,
amigas verdadeiras!
Guardo em minha lembrança
tantas vezes que senti
de ti, a presença,
do toque macio em teu pêlo,
dos olhinhos postos em mim,
cheios de amor e zêlo!
Nem parecias um cão,
mas anjo a conviver comigo!
Minha dourada amiguinha,
guardo-te em meu coração. "


Ela morou conosco em São Paulo, na cobertura próximo à Av. Morumbi.
Depois mudou-se conosco para Florianópolis na casa que alugamos. Ficava ao meu lado enquanto eu trabalhava na cerâmica. Adorava pular as ondas!
E finalmente mudou-se para a casa que compramos
no gostoso Condomínio "Atlântico Sul", na praia dos
Ingleses,quando vendemos o aptº em S.Paulo.
   Era uma cocker dourada linda, inteligente e obediente.
Exímia caçadora. Dava o alarme quando aparecia algum animal em casa e queria caça-los: gambás, lagartos, e até por duas vezes um camundongo.
Companheira e dócil, apesar de independente! Uma
cachorrinha muito especial, que meu filho dizia que parecia gente, pois compreendia quando estávamos felizes, quando fiquei triste pela doença de minha mãe e quando falávamos com ela, baixinho e ela nos olhava piscando os olhinhos para mostrar que compreendia! (rs......). Foi ótimo ter sua companhia por tanto tempo!

Texto,poesia e fotos: Vera Alvarenga

sábado, 25 de dezembro de 2010

" Eu te amei sem limites..."

Eu te amei
como quem ama a própria vida,
numa medida desmedida,
que me fez refém de ti.
E por medo de perder-te
foi que quase me perdi!

Ainda te amo,de algum modo,
adoro acordar ao teu lado,
sonhar segurança no abraço dado,
encostar a cabeça em teu peito.
Sinto-me frágil por querer-te,
e mulher,quando tua amante no leito.

Talvez te ame para sempre
se este for o meu destino...
Se quis ver em ti um amigo
para confiante seguir contigo
foi porque assim, mantinha vivo,
meu coração que era cativo,
não só de ti, mas do próprio Amor.

Poesia e foto : Vera Alvarenga

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

"Meu pássaro dourado..."

Assim quase para me despedir de uma série de poesias que fiz no inverno deste ano que passou, aqui está mais uma....

" Quem é?
Quem é que abriu minha janela,
e um raio de sol deixou entrar,
pela fresta, pelo ar?
Quem ousou me assustar assim
e sem convite,tomou posse de mim?
Ah, que bom, és tu!
meu pássaro dourado,
que de tão longe vieste
seduzir meu coração ferido,
que queria ,mas não sabia
como,sem medo, de novo amar.
Em tuas asas me trouxeste
pólen de dourado brilho
que penetrou no meu peito e
pela pele, e nas entranhas e
porque sou fértil de amor
me fez grávida de esperança.
Hoje,entrego-te meu segredo-
nua,como os que se despem
ou os que tentam se despedir,
confesso-te,pássaro querido,
desde que tu vieste e
com teu canto me seduziu,
este teu canto terno e agreste,
meu coração se enterneceu.
E como no rosto da criança,
voltou ingênuo, no meu,
o sorriso que ainda não morreu...
E como ela, quase inocente
passei em sonho a imaginar
que tudo era factível,
que tudo era possível,
que o destino me faria um dia voar,
a um convite e num sonho teu...."

Poesia e fotos: Vera Alvarenga                                                          

" Um anjo visitou-me esta noite..."

Um anjo de púrpuras asas
visitou-me esta noite,
cobriu-me com seu abraço e
na flauta, tocou o compasso
de uma canção de ninar.
E eu, que sentia o peso,
da dúvida em meu coração,
me permiti embalar,
naquela doce canção e
pedi, orando baixinho :
- " Anjo, se em teu juízo perfeito,
pensas que causo algum mal,
mostra pra mim o caminho,
me perdôa, me dê um sinal,
que seja claro e preciso
pois que sonhei ter na vida,
aquilo em que acreditei
e não foi verdadeiro,
com quem muito amei..."
Olhou-me ele com pena,
da frágil humanidade que tenho,
que nos faz com tal empenho,
justificar a procura
do amor e da ternura,
que valoriza a vida.
E antes que eu dormisse,
já cansada da minha aflição,
me disse: -" Estás perdoada!
Eu conheço o teu coração! "

Poesia: Vera Alvarenga  -(inverno 2010)
Foto : imagens Google.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Uma promessa aqueceu o inverno.

 Numa noite fria de inverno
aconchegada em meu cobertor,
tua voz me chegou de surpresa,
arrancou-me da incerteza e
do medo de não mais encontrar
em meu coração,a força de amar.
E com clareza "sensata e audaz",
me contaste de teu sentimento
que era doce, e provou ser capaz
de encantar-me neste momento...
Tal como mágica flauta
me fez ouvir o que não existia?
   Assim, o que era em mim
imprópria dor que calava no peito,
que me trazia medo e pavor,
e tola me surpreendia, sem jeito,
com esta música, abriu-se em flor,
que em breve, virias colher?
- "Tu és insubstituível para mim".
Isto disseste, não posso esquecer!
Adormeci sorrindo,coração terno,
corpo e alma esquecidos do inverno,
a sonhar o que só então, desejei...
Seria verdade, ou será que sonhei?
Não sei! O fato indiscutível enfim,
é que a música mágica e doce
das notas que eu ouvi tocar,
aqueceu-me o corpo e a alma,
e eu pude com brandura e calma
atravessar as geleiras daquele inverno,
sem medo de congelar ...

Foto e poesia : Vera Alvarenga

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

"Mensagem de final de Ano "...

Para as pessoas que amo, e aquelas que este ano, como amigos, se tornaram tão especiais para mim,
participando de minha vida ou trocando experiências comigo, ou ainda as que me ofereceram um lugar especial em seu coração e estão pra sempre, tatuadas em mim....  com carinho fiz este vídeo,
com algumas fotos que tirei este ano e minha mensagem de Boas Festas e Feliz 2011 !


  Beijo carinhoso e espero que aproveitem para relaxar e apreciem...

Vídeo,fotos e texto : Vera Alvarenga
música: Imagine de John Lennon - o texto não é tradução da música, mas minha mensagem pessoal aos amigos.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

"Afinidade com o belo, no simples...."



 "As pessoas entram em nossa vida por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem.'Isso se dá pela lei da afinidade'."
(Lilian Tonet)


Tenho afinidade com as flores, com música suave e com lugares que reflitam alegria e tranquilidade... 
    ... são coisas que recarregam minhas
  energias.

Caminhar lado a lado, por alguns instantes, com alguém por quem 
sentimos afinidade, num local bonito
e tranquilo, faz bem para a alma,
alegra o coração, relaxa e recompõe
as energias para o corpo e a mente
serem mais eficientes...
Convide alguém para fazer isto com
você... 
É um momento simples, que certamente trará a oportunidade de maior afinidade e de intimidade verdadeira, mesmo que ambos caminhem sem muito conversar, mas apenas estando presentes e disponíveis um para o outro e para o momento!


Se não tiver ninguém para acompanhá-lo/a,  vá sòzinho/a,  desta vez.
No caminho, encontrará talvez outros como você, a observar o belo, a vida e o movimento...ou quem sabe os outros estarão vendo apenas o superficial. 
Deixe seus olhos capturarem o belo que há em cada cena que, para outros pode parecer normal e corriqueira... e você estará inteiramente presente naquele momento que será como uma meditação!




Texto e fotos: Vera Alvarenga (com exceção do pensamento de Lilian Tonet, retirado do blog de Vera Luz).

sábado, 4 de dezembro de 2010

" MInha casa..."

Já morei em casas grandes
e numa bem pequena também.
Esta, na qual hoje moro
é simplesmente menor
do que as tralhas que eu trazia,
mas me serve muito bem
para o tanto que eu queria.
Tem um quintal espaçoso
que acolheu generoso,
as plantas que eu gostava
da mais simples à mais bizarra.
Na Primavera que ora estamos,
como se os pássaros soubessem
que detesto despertador,                                                            
fazem tamanha algazarra
com sua alegre cantoria,                                          
que desperto, para o novo dia,
ouvindo canções de amor...
mas vencida pela preguiça,
é cedo, finjo ainda dormir,
e fico por mais uns momentos
distraída em pensamentos.
O coração agradece
e se eleva numa prece,
pelo dia que há de vir!

Cambacicas e pardais fazem algazarra!
Tomam banho na Bacia e nos vasos...

Fotos e texto:
Vera Alvarenga

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

"Viver em paz..."


Olha o tempo
passa tão depressa!
Já nem sei mais
nem que hora é essa.
Vou andando,
já não tenho pressa.
Agora no meu passo,
meu caminho
hoje, eu que faço.
Sei que titubeio,
escorrego e caio,
me levanto,
recomeço e saio,
por aí...
ou se eu quiser,
fico mesmo aqui!
Não procuro mais,
vou viver em paz.
Se você vier,
o mundo sorrirá comigo.
E o receberei
se você trouxer
o que oferecer,
e também serei
o seu amor.
Só se for sorrindo,
poderemos ir,
seja pra onde for.
Mas ainda assim,
vou ser eu,
e o ritmo será um acordo
entre o tamanho do seu passo
e do meu!
Foto e Texto : Vera Alvarenga

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

" A espada da Justiça e o amor..."

Junto a alguns emails de apoio, recebi um que trazia palavras que jamais pude imaginar dirigidas a mim! Que doce emoção. Resume todo apoio que alguém poderia desejar.E, com estas palavras, vou dormir o sono dos justos.
Quero agradecer a todos que oraram para que a luz ilumine com mais força e à minha amiga Valéria Mello por este especial email de apoio:
Quando lhe agradeci por orar por mim ela respondeu:
"Obrigada querida.
 Meu coração é todo seu. Pode ficar tranquila aqui dentro. No que depender de mim, tá protegida!
 Bjs
 Valéria"

Quem recebe este tipo de "bem", não pode se desesperar! então me inspirei e fiz esta poesia: 

" Com a espada da Justiça
a ameaçar cortar-me a cabeça,
e temo, a base também, 
por não ter sabido me defender
contra a falsa injúria de alguém,
uma amiga apenas "virtual"
portanto, desconhecida( ?), então
sem pé nem cabeça,( ?)
sem cara nem coração( ?)
me mandou uma mensagem
que me fez esquecer
a quem me deseja mal!
Ao ler, tive a sensação
morna e macia do abraço
e a esperança que eu que faço
o destino que me aguarda por fim.
Pois mesmo que a Justiça se engane,
meu espírito não será despojado!
Podem tirar-me o que tenho,
das coisas que são do mundo,
podem roubar tudo de mim,
menos o que tem real valor,
menos a verdade da alma,
menos a certeza que acalma:
não perde tudo, quem crê
que vive no centro do Amor! "

Poesia e foto : Vera Alvarenga
Este quadro é uma máscara que fiz, há muitos anos, para uma exposição, representando a força guerreira que existe na mulher, e que a faz renascer e lutar pelo que acredita, sem perder a ternura.
 

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