segunda-feira, 26 de abril de 2010

- " Lágrimas..."

Esta é uma flor chamada Zantedeschia é da África.

É simples e bonita e descobri, que ela chora! eu a coloquei num canto da sala, e vi que ela tem algo interessante...

Ela chora!!
Depois de algum tempo que molhamos a terra do vaso, começa a se formar uma gota em algumas de suas folhas e flores.
Talvez ela chore, pelo passado de seus negros, que foram arrancados de suas famílias e aprisionados em países distantes, pela escravidão.
Talvez ela também chore de emoção.



Minhas lágrimas,como nuvens, que                   
precisavam despencar em trovoadas,
para aliviar a tensão, foram ficando
porque não as quis chorar.
Talvez se dissipem com o vento, ou
se aqueçam com a luz do sol, como
naquele dia, em que rolaram tímidas,
envergonhadas por existir, porém
aliviadas, por poderem se expressar
de uma forma emocionada e branda...
E um beijo no rosto,as veio secar ...
um afago e o teu olhar em mim,
vieram transformá-las em meiga emoção.

autora: Vera Alvarenga
fotos: Vera Alvarenga

quarta-feira, 21 de abril de 2010

- " Flores e meigas palavras..."

 Para mim...

Flores, com as suas cores,
são como meigas palavras,
penetram no corpo e n´alma
caminham no sangue e vão
entranhar-se no coração.

Mesmo que minha memória
não as possa descrever
nada, jamais, as destrói
pra sempre, vivem em mim,
estão tatuadas no ser...

autoria:Vera Alvarenga
foto: Vera Alvarenga

segunda-feira, 19 de abril de 2010

- " Palavras que iluminam"

Ah! Então tu não sabias,
que podia existir
saudade,que vem assim
do nada, e emudece,
aperta o peito
te deixa sem jeito
sem nada poderes fazer?
    Quando buscaste a alegria
    e indiferente,ele não a quis mostrar
    e ao teu lado,não soube sorrir...
    Em vão tentaste compreender
    e talvez até perdoar?                                                                                                                                                                                                               Teu coração te desobedeceu,
                                                                                        não o pudeste controlar e
                                                                                        ele desejou o que não estava aí?
Pudera!!       E então...

Saudade de quem? Do que?
Do que não se tem? Ilusão!
De um sorriso que não se vê?
Saudade de uma visão, e
de ouvir doces palavras?
Desejo intenso...de conversar!?
ser importante e de se importar?

Palavras....  meigas palavras... onde estão?

Se foram palavras que te fizeram sentir
que a alegria da alma podia renascer...
Se, por seres tu, chamada "minha querida",
tão poucas palavras, te iluminaram a vida!?
Cuidado! Aceita do presente oferecido,
e agasalha no coração, o tom das palavras,
mas te lembra,que não as tem contigo!

Pois,talvez não sejam tuas
as palavras que te foram ditas.
São palavras que te iluminam,
passaram por ti,mas não te pertencem
- um presente,sem compromisso,inconsequente-
levaram carinho e continuaram seu caminho,
livres...deixando da saudade, a semente...

Teu coração,desejava bebê-las
pra saciar a imensa sede que tem,
poder novamente lê-las, e crer
que vinham, claras e certeiras
como uma flexa, a um só alvo direcionada,
não para matar... mas te contar
que de algum modo podes crer,que és amada.

Autoria: Vera Alvarenga
abril-2010

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